Antigamente os produtos eram extremamente duráveis. Móveis e eletrodomésticos eram fortes e resistentes, “feitos para a vida toda”. A partir dos anos 2000, as coisas começaram a ficar mais frágeis, sendo que as compramos já prevendo quanto tempo irão durar. Isto ocorre com diversos itens, como automóveis, móveis, etc., sendo os eletrônicos aqueles com a menor vida útil. Celulares, por exemplo, tem uma vida útil média estimada em 8 meses. Se for assim, aquele hábito muito comum dos brasileiros de comprar coisas em 10 vezes sem juros não funcionará, pois antes de terminar de pagar já será necessário comprar outro.

Há pessoas conservadoras que preferem ficar com seus equipamentos por um longo tempo, resistindo a tendência da troca e da moda, alegando que não se importam em ter um equipamento deum modelo mais antigo. Contudo, a tecnologia acaba conspirando a favor da obsolescência programada. Podemos ter um smartphone de 2 anos atrás, ainda em ótimo estado e perfeito funcionamento, porém, a maioria dos aplicativos já foram atualizados 5 vezes, ou mais, neste período, exigindo um equipamento cada vez melhor, inviabilizando o uso daquele seu aparelho antigo.

Analisando esta situação muitas pessoas levantam a questão ambiental, pois muito lixo é gerado e novos recursos são consumidos. Mas é preciso visualizar a situação de uma perspectiva mais ampliada. A economia precisa ser movimentada, sob pena de não haverem empregos e renda. Imagine se você tivesse até hoje o primeiro celular que comprou ou se todos os móveis da sua casa fossem os mesmos de muitos anos, e se tudo durasse muito décadas. Você gastaria menos dinheiro comprando coisas novas mas as fábricas produziriam menos, haveria menos transportadores, menoslojistas, menos trabalhadores em todas estas empresas e, consequentemente, uma economia desaquecida com poucos postos de trabalho.

A sociedade chegou em um ponto em que nada pode barrar a obsolescência programada, assim, o que é preciso é criar meios para aproveitar as coisas obsoletas, como a logística reversa, para recolher produtos antigos e dar um destino adequado, como a reciclagem. Assim, haverá o benefícioeconômico, ambiental e social, pois além de os produtos terem uma adequada disposição final e reduzir o consumo de recursos, também haverá movimentação econômica, gerando empregos e renda. Desta maneira é possível ter, ao mesmo tempo, tecnologia, crescimento econômico, preservação do meio ambiente, e criação de empregos.

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